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CÂNCER DE MAMA É EVITADO ANTES DE NASCER

 
CÂNCER  DE MAMA É EVITADO ANTES DE NASCER
14 de janeiro de 2009
 
 
 “O que fazer com pessoas que trazem de seus ancestrais uma pesada carga genética, que as predispõe a ter algumas doenças graves, como o câncer de mama? Isso é uma discussão não só científica, como também de ordem cultural e legal”, afirmou o oncologista Marcos Davi Melo, coordenador do Departamento de Oncologia.
 
Segundo ele, o University College, de Londres, anunciou esta semana o nascimento de um bebê que seria um potencial portador de câncer de mama. A criança foi objeto do diagnóstico antes mesmo do embrião ser implantado no útero mãe.
 
Os especialistas testaram o embrião para saber se ele continha uma forma de câncer genética de mama, configurada por alterações do gene BRCA1. As mulheres que possuem essa variação genética têm entre 65% e 80% de chances de desenvolverem câncer de mama ou de ovário durante a vida. O método utilizado foi o diagnóstico genético pré-implante.
 
“Com o diagnóstico antecipado, evitam-se o “dilema existencial potencial” e o “trauma físico e emocional” da interrupção de uma gravidez já em andamento”, considera o especialista Marcos Davi.
 
A criança britânica nasceu sem o gene BRCA1, que lhe daria por toda a sua vida a possibilidade de desenvolver o câncer de mama. A mãe da garota, de 27 anos, optou por esta técnica, já que várias gerações de sua família: sua avó, sua mãe e sua irmã tiveram este tipo de câncer.
 
A medicina sabe há anos que alterações genéticas, como as encontradas nos genes BRCA1 e BRCA2, são altamente relacionadas com a possibilidade de desenvolver câncer de mama. Todavia, em alguns países desenvolvidos, como os EUA, legalmente só existe o recurso das mastectomias preventivas nas mulheres adultas portadoras destas alterações genéticas.
Já em países como a Inglaterra esta prevenção já pode ser feita em nível de embrião, incontestavelmente, um imenso avanço na medicina”, finaliza Marcos Davi.
Fonte: Ascom Santa Casa
 

RISCO DE CANCER DE MAMA AUMENTA COM O STRESS

 
 

Pescadora Usa Pesca Para Escapar à Tensão do Câncer
Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008 10:45

Darla Bardelli está se aprontando para pescar, e por isso ela coloca seus sapatos cor-de-rosa, que mostram unhas do pé pintadas de rosa, e pega sua vara de pescar rosa. Um momento depois, uma minhoca de plástico corta o ar e cai na água. Pelos próximos segundos ao menos, enquanto espera que o peixe morda, sua mente se concentra na tarefa em andamento.
"Você sempre está com um pé no mundo do câncer", disse Bardelli, "mas pescar ajuda a tirar o resto de mim desse mundo. A vida fica tão fora de controle que poder me concentrar na pesca é um alívio. Eu preciso disso, eu precisava vir aqui".

Bardelli está em um barco de pesca no lago Clarks Hill, praticando para o Torneio Feminino Bassmaster, que começa na quinta-feira. Ela terminou em 24° e 47°, em dois eventos anteriores, e perdeu um terceiro por causa de complicações no tratamento com radiação.

As condições no lago são brutais. O calor extremo fez com que os peixes fugissem para as profundezas das águas, que há três semanas vêm sendo sede de torneios de pesca. As mulheres levam suas três maiores marcas nos quatro eventos para tentar conquistar uma vaga no campeonato, que acontece no mês que vem em Hot Springs, Arkansas, e Bardelli precisa estar entre as 15 primeiras, de 74 participantes.

Ela não praticou muito, não tem barco próprio e ainda está fraca dos tratamentos com radiação, que terminaram há cinco semanas. Ela está em desvantagem física por causa de sua cirurgia ¿ uma mastectomia dupla. Bardelli, 55, encontrou um caroço em seu seio direito em agosto de 2007. O caroço cresceu, a dor se intensificou e ela foi diagnosticada com um câncer de mama em estágio 3 em seu lado direito, e estágio 1 em seu lado esquerdo.

Em setembro passado, seus vistosos cabelos loiros estavam em bolos circulando o ralo de seu chuveiro por causa da quimioterapia. Ela estava chegando ao manequim 32, vindo do 42, com uma perda de 23 quilos, e seu casamento estava desmoronando. Ela não tinha seguro-saúde.

Bardelli balança a cabeça ao falar como sobre como sua vida mudou de maneira tão abrupta, criando tanta insegurança.

Ela apresenta um programa de rádio sobre vida ao ar livre em Phoenix e tem um programa de transmissão nacional, Outdoors America, transmitido por 120 estações nos Estados Unidos. A sua vida era tão vibrante que ela nunca considerou a possibilidade de câncer.

Bardelli, que correu com buggies de areia na Baja Califórnia aos 13 anos, atirou em seu primeiro cervo aos 12 anos, aprendeu a usar esquis aquáticos aos 5 anos, e falava sobre arco e flecha para o seu público predominantemente masculino, estava com a corda toda.

"A minha maior preocupação era cair de meu barco ou prender um anzol em minha mão", ela conta, "e de repente, bum".

Depois da quimioterapia veio a mastectomia, em 11 de fevereiro. Depois disso, a determinação de pegar em uma vara de pescar e não perder nem mais um segundo com autocomiseração.

Quando ela saiu do hospital, depois da cirurgia, Bardelli prendia os tubos de dreno com esparadrapos e andava cinco quilômetros todos os dias para o ponto de pesca mais próximo de sua casa, em Phoenix, para assistir a outros pescadores em ação; depois voltava caminhando. Ela não conseguia segurar uma vara de pescar, por seis semanas, mas queria voltar a ganhar força nas pernas, a fim de estar pronta para ficar em pé em um barco em movimento, em Lewisville, Texas, onde um torneio de pesca aconteceu em abril.

Bardelli dirigiu 25 horas até o Texas em seu jipe amarelo, dormiu na beira da estrada e terminou o torneio em 24° lugar. Ouvintes e patrocinadores ajudaram a pagar sua viagem, e ela narrou a experiência no rádio. A cirurgia não permite que ela continue pescando com carretilhas de força. Ela consegue arremessar iscas e operar a carretilha intensamente por algumas horas, mas depois se cansa e precisa pescar de maneira menos intensa. Bardelli lança a isca e permite que ela repouse no fundo ou a mantém suspensa com uma armação e a puxa lentamente na direção do barco. Enquanto alguns pescadores fazem 1,2 mil lançamentos de isca ao dia, Bardelli mal consegue fazer a metade desse total.

"Ela era boa com varas plásticas, como já havia provado, e consegue pescar com elas", disse Dianna Clark, pescadora do ano em 2006 e amiga de Bardelli ¿uma das pessoas que a vem ajudando a cobrir as despesas de viagem. "Ela é uma mulher incrível. O fato de que continue aqui, apesar de tudo que aconteceu com ela este ano, é incrível".

Bardelli não precisou comprar novas roupas cor de rosa, a cor que as pacientes de câncer de mama usam para simbolizar sua luta, porque havia começado a usá-la há cinco anos. O objetivo dela era combinar a vida ao ar livre com um toque de feminismo, e não imaginava que a cor viesse a representar situação mais dramática em sua vida.

Enquanto treinava com Sharon Teague, uma amiga pescadora, na segunda-feira, Bardelli estava toda vestida de rosa, até mesmo na aba do boné, com brincos decorados com toques de rosa, uma vara rosada, uma linha de pesca da mesma cor e até mesmo as bochechas levemente rosadas, devido ao sol. Quando o torneio começar, ela usará uma camisa com logotipos cor de rosa de seus patrocinadores.

"Não quero ser aquela pessoa que fica perguntando por que uma coisa dessas aconteceu comigo", diz Bardelli. "Eu tenho uma voz forte. Falo francamente sobre o câncer de mama e informo as pessoas de que uma em cada oito mulheres sofrerá dessa doença".

"Onde estão as outras mulheres que vivem a mesma situação que eu? Não as vemos. E você quer saber o motivo? As pessoas as tratam de maneira diferente, elas estão assustadas, elas querem simplesmente se enrodilhar na cama e dormir, fingindo que nada disso jamais aconteceu a elas, e fingindo que não é preciso lutar contra a doença", diz. "Para mim, pescar é algo que ajuda nessa luta", ela afirma.

The New York Times

 
 
 
 
 
 
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                                Hospital Erasto Gaertner
 
 
Torna-se a instituição com o maior estudo sobre Câncer de Mama no Brasil
O Hospital Erasto Gaertner recebeu um prêmio com a apresentação do maior estudo no Brasil sobre “Câncer de Mama:
Estudo dos novos casos, sobrevida e qualidade do registro de câncer”, realizado pelo Serviço de Ginecologia e Mama, da instituição.
A premiação aconteceu na semana passada durante a 3.ª Edição do Congresso de Câncer de Mama, realizado em Gramado.
Com este reconhecimento, o Hospital Erasto Gaertner passou a ter a maior publicação do Brasil da área com o acompanhamento de mais 3.500 mulheres, deste a década de 90.
O trabalho foi finalista na categoria Prêmio Lilly: Prática Clínica em Câncer de Mama entre 100 trabalhos inscritos. Além de Gramado,
o Hospital estará presente no Congresso Internacional de San Antonio, no Texas (USA).
 
 
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STRESS PODE AUMENTAR O RISCO DE CANCRO DA MAMA

 
Resultados de um novo estudo, publicados online na "BioMed Central journal BMC Cancer", sustentam a existência de uma interacção entre eventos adversos na vida, angústia psicológica, e cancro da mama.

De acordo com o principal autor, o Dr. Ronit Peled, em entrevista à Reuters Health, as mulheres jovens que são expostas mais do que uma vez a graves eventos na vida deveriam ser consideradas um grupo de risco para o cancro da mama e serem tratadas em concordância.

O Dr. Peled, da Universidade Ben-Gurion de Negev, em Israel, e colegas estudaram 255 mulheres jovens com menos de 45 anos, que tinham sido diagnosticadas com cancro da mama, e compararam-nas com 367 mulheres saudáveis com idades semelhantes.
A equipa de investigadores avaliou as interacções entre o cancro da mama e eventos adversos na vida, tais como perda de um dos pais, familiar próximo ou parceiro, ou o divórcio dos pais antes dos 20 anos, e eventos da vida ligeiros a moderados, por exemplo, divórcio, perda de emprego, crise económica, ou doença grave de um parente próximo.
Após a correcção de variáveis potencialmente influenciadoras, a análise revelou uma associação positiva entre a exposição a mais do que um evento adverso na vida e o cancro da mama. Para estas mulheres, o risco de cancro da mama aumentou em 62 por cento. Segundo o Dr. Peled, não foi suficiente as mulheres serem expostas a um evento, estas tinham de ter sido expostas a mais do que um evento adverso.

Comparativamente às mulheres saudáveis, as mulheres com cancro da mama também demonstraram resultados significativamente mais elevados de depressão e resultados significativamente mais baixos de felicidade e optimismo.

Além disso, os resultados demonstraram uma associação negativa entre a felicidade e o optimismo e o cancro da mama. Os sentimentos gerais de felicidade e optimismo parecem oferecer uma protecção contra o cancro da mama. O Dr. Peled acrescentou que quanto mais uma mulher estiver feliz e se sentir optimista com a sua vida, menor é a probabilidade de desenvolver cancro da mama.

Isabel Marques

VITAMINA D X CANCER DE MAMA

                                                                                       

Estudo relaciona baixos níveis de vitamina D à piora do câncer de mama
06/06, 09:49

Mulheres com deficiência de vitamina D sofrem mais com o câncer de mama, sendo 94% mais propensas a ter a disseminação do câncer para outros órgãos do corpo (metástase) e tendo 73% maiores chances de morrer do que aquelas com níveis normais da vitamina. Essas foram as conclusões de um estudo canadense apresentado, no dia 31 de maio, no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.

Além disso, segundo os autores, mais de um terço (37,5%) das mulheres com câncer de mama tinham níveis de vitamina C classificados como deficientes, e outras 38,5% apresentavam níveis insuficientes.
A vitamina C pode ser encontrada em alimentos, como gema de ovo, fígado, manteiga e alguns tipos de peixes; suplementos; além de ser produzido pelo organismo após a exposição aos raios ultravioleta do sol. Ela é essencial para a saúde óssea, e alguns estudos relacionam o nutriente à proteção contra o câncer de mama.
Na pesquisa, os especialistas avaliaram a relação entre os níveis de vitamina D, a incidência de metástase e a sobrevivência geral em 512 mulheres diagnosticadas com câncer de mama em Toronto, Canadá, entre os anos de 1989 e 1995. E essas mulheres foram acompanhadas até o ano de 2006.

As análises mostraram uma significativa ligação entre os níveis de vitamina D e o câncer. Apenas 24% das pacientes tinham níveis adequados da vitamina (mais de 72nmol/L), e as que tinham quantidade insuficiente (menos de 50 nmol/L) no organismo eram mais propensas a ter câncer mais agressivo.

E, após 10 anos, entre as mulheres com os níveis adequados do nutriente, 83% permaneciam sem metástase dos tumores e 85% ainda estavam vivas. Esses números reduziam para 69% e 74%, respectivamente, entre as mulheres com deficiência de vitamina D.
Os autores destacam que as descobertas precisam ser confirmadas por outros estudos clínicos antes de se recomendar o consumo de suplementos de vitamina D para mulheres com câncer de mama. "Esses dados indicam uma associação entre vitamina D e os resultados do câncer de mama, mas nós não podemos dizer, neste momento, se é causal", explicaram os autores.
Fonte: American Society of Clinical Oncology. News release – 15 de maio de 2008.
Fonte: Uol Saúde

                          

                 

Washington, 7 jun (EFE).- Cerca de 50 mil pessoas se reuniram hoje em Washington em uma marcha contra o câncer de mama, como parte de um esforço a fim de arrecadar fundos para a pesquisa dessa doença.A marcha de cinco quilômetros, organizada há 19 anos pela fundação Susan G. Komen, contará com a participação de atingidos pelo câncer e seus parentes, ativistas e celebridades, como Cynthia Nixon, a Miranda da série "Sex and the City".

Com camisetas brancas, e rosas para os atingidos pelo câncer, os manifestantes começaram a se reunir no National Mall de Washington, esplanada no centro da cidade que abrange do Capitólio até o obelisco de Washington.

No total, esperava-se a participação de pelo menos 3.800 sobreviventes do câncer de mama, entre as dezenas de milhares de ativistas que todos os anos se reúnem em Washington para pedir mais pesquisas para erradicar a doença.

Calcula-se que cerca de dez milhões de pessoas no mundo todo poderiam morrer devido ao câncer de mama nos próximos 25 anos sem a descoberta de melhores tratamentos, afirmou a fundação em seu site ("www.komen.org").

Só nos Estados Unidos, cerca de 40% dos habitantes receberão um diagnóstico de câncer em algum momento de suas vidas. A doença causará a morte de mais de meio milhão de pessoas este ano, o que equivale a cerca de 1.500 pessoas diariamente, acrescentou a fundação.

Segundo os organizadores, a marcha – na qual as pessoas precisam pagar para participar – conseguiu arrecadar US$ 4,9 milhões para a pesquisa do câncer de mama e para programas de saúde de apoio a pessoas sem acesso adequado a tratamento médico na capital dos EUA.

EFE mp/an

VARIAÇÃO GENÉTICA

 
 
Medicamento reduz em 35% risco de recorrência de câncer de mama

Há 1 dia

CHIGACO, EUA (AFP) — O medicamento contra a osteoporose Zometa, do laboratório suíço Novartis, reduziu em 35% o risco de recocorrência em mulheres na pré-menopausa com câncer precoce de mama, segundo um estudo clínico apresentado este sábado em Chicago.

Trata-se do primeiro estudo clínico em grande escala (1.800 mulheres) que confirma as propriedades anticancerígenas do Zometa (ácido zoledrônico), um novo bifosfonato.

Essa categoria de medicamento já é usado contra as metástases ósseas e a osteoporose, doença que provoca a diminuição da massa óssea.

"É estimulante descobrir que o ácido zoledrônico, além de impedir a perda de tecido ósseo nas mulheres que fazem um tratamento hormonal contra o câncer de mama, também pode reduzir a probabilidade de reaparecimento do tumor", declarou o doutor Michael Gnant, professor de Cirurgia da Universidade de Viena e principal autor desses estudos.

O doutor Gnant apresentou os resultados desse estudo na 44a Conferência Anual da Sociedade Americana de Oncologia, realizada neste final de semana em Chicago (Illinois, norte).

"Este estudo em grande escala mostra que as propriedades antitumor do ácido zoledrônico melhoram os resultados do tratamento mais além de seus efeitos na terapia hormonal", disse Gnant durante uma entrevista coletiva à imprensa.

"As futuras pesquisar tentarão otimizar as doses e determinar que pacientes são suscetíveis de ser beneficiados por esse tratamento", acrescentou.

Se um estudo clínico em curso com o Zometa confirmar esses resultados, os oncologistas acreditam que esse tratamento poderá ser testado contra outros cânceres que apresentam um risco elevado de metástase nos ossos, como o câncer nos rins.

 

           

                                                                                          

Estudo Revela que Combinação de Remédios Contém Avanço de Câncer de Mama

31/0520:38EFE

 

Genebra, 31 mai (EFE).- A combinação do medicamento Avastin com um quimioterápico eleva significativamente a probabilidade de viver sem progressão da doença nos casos de câncer de mama metastásico, que mata cerca de 400.000 mulheres por ano.

O estudo foi apresentado hoje no congresso da Associação Americana de Oncologia Médica (ASCO, em inglês), realizado em Chicago, segundo informou em comunicado a farmacêutica Roche, fabricante do Avastin.

Os resultados do estudo revelaram que a combinação do Avastin com o quimioterápico docetaxel aumenta em até 64% as chances da pessoa que tem câncer de mama metastásico viver sem a progressão da doença.

Além disso, o estudo revelou uma redução do tamanho do tumor em até dois terços das pacientes, algo inédito até então.

No mundo, mais de um milhão de mulheres são diagnosticadas com câncer de mama anualmente e mais de 400.000 morrem em virtude da doença. EFE vh/plc

 

 
 
Variação Genética Pode Evitar Morte
 
 
Cientistas fizeram análises genéticas em mais de 2 mil mulheres, estudando a evolução da doença e seu tratamento.
Paris. Pesquisadores identificaram uma variação genética que permite diagnosticar as possibilidades de sobrevivência das mulheres portadoras de câncer de mama, em particular depois de um tratamento de quimioterapia, segundo divulgou a revista ‘‘Nature Genetics’’.

Heli Nevanlinna, da Universidade de Helsinque, Jiri Bartek, da Sociedade Dinamarquesa do Câncer e seus colegas realizaram o primeiro estudo da variante ‘‘NQO1*2’’, como fator de prognóstico para o tratamento do câncer de mama. Dessa maneira, fizeram análises genéticas em mais de 2.000 mulheres na Finlândia, estudando a evolução da doença e de seu tratamento.

O diagnóstico do câncer de mama depende de elementos como o estado do tumor, a presença, ou não, de receptores hormonais e a fabricação excessiva da proteína HER2 (HER +), que favorece a proliferação cancerígena. Esses elementos são empregados para adaptar o tratamento a cada paciente, recordam os autores do estudo.

Dessa forma, os pacientes com HER2 podem receber um medicamento adaptado, a Herceptina. São necessários, porém, novos indicadores para encontrar as possibilidades de êxito do tratamento. A enzima ‘‘NQ01’’ protege as células contra o estresse oxidante que as danifica e acelera seu envelhecimento, atuando contra os processos cancerígenos. Mas o ‘‘NQO1*2’’ — presente em 4% a 20% das pessoas — é uma variação comum do gene da enzima ‘‘NQ01’’ e tem a particularidade de eliminar a produção dessa enzima protetora.

Segundo o estudo, as mulheres que possuem duas cópias da variante ‘‘NQO1*2’’ e que recebem uma quimioterapia à base de antraciclina, como a epirubicina, têm uma taxa de sobrevivência de apenas 17%.

Os pacientes com apenas uma cópia de ‘‘NQO1*2’’ têm um índice de sobrevivência de 75%. Possuir duas cópias da variante também reduz, de maneira significativa, a sobrevivência depois da metástase do câncer de mama.

Incidência

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o câncer de mama é o mais mortífero dos cânceres, com 1,3 milhão de mortes por ano. No geral, envolvendo todos os tipos, o câncer causa oito milhões de mortes por ano. Mundialmente, o câncer de mama é a forma mais comum de câncer em mulheres — afetando, em algum momento de suas vidas, aproximadamente de uma em cada nove a uma em cada treze mulheres que atingem os noventa anos no mundo ocidental.

Uma vez que o peito é composto por tecidos idênticos em homens e mulheres, o câncer da mama também ocorre em homens, embora estes casos sejam menos de 1% do total de diagnósticos.

 

CÂNCER

GDF Obrigado a Fornecer Remédios a Paciente ao Custo de R$ 183 mil

Mariana Branco
Do CorreioWeb
30/11/2007
15h14-
 
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) vai adquirir um medicamento de comercialização ainda recente no Brasil e que pode ter um custo de R$ 7 mil até R$ 10 mil, 8 mil por ampola. A beneficiada será uma paciente com câncer de mama. A vendedora autônoma Valdi Maria de Almeida, 56 anos terá que ser medicada com 17 ampolas, o que pode implicar em um gasto de até R$ 183,6 mil em apenas uma das etapas do tratamento.

O remédio, de nome comercial Herceptin (o princípio ativo é o trastuzumab), é usado contra o câncer de mama metastásico (que se alastrou para outras partes do corpo). A paciente ganhou na Justiça o direito à droga, em ação contra o governo do Distrito Federal (GDF).

Sem tomar o Herceptin, existe uma possibilidade de 80% de o câncer de Valdi Maria de Almeida – que já fez cirurgia para a retirada de uma mama – reapareça. Assim, a sobrevida da paciente seria de apenas um ano e meio a dois anos. O medicamento também faz parte do coquetel para quimioterapia que pacientes do tipo da vendedora – cujo câncer já está em terceiro grau – têm que ingerir. Doentes do tipo dela correspondem a uma média de 20% do total da população cancerígena.

“Eu deveria ter começado a tomar Herceptin um mês após a cirurgia da mama, que fiz há três meses. Estou há mais de 60 dias sem o medicamento. Esse período pode ser decisivo para que eu adoeça de novo”, lamenta a vendedora, que agora espera que o HBDF adquira logo a primeira caixa do remédio. Ele recebeu um telefonema da Secretaria de Saúde nesta quinta-feira informando que dentro de uma semana ela terá acesso à primeira ampola.

Imediatamente após a operação para a retirada da mama esquerda, Valdi Almeida foi à Farmácia de Alto Custo do HBDF, munida de receita fornecida pelo oncologista Anderson Nettiere, responsável por seu tratamento. Foi informada de que o Herceptin não fazia parte da lista regular de medicamentos adquiridos pela Secretaria de Saúde.

Valdi procurou, então, a Promotoria de Defesa da Saúde (Prosus) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Quando falta um medicamento de alto custo, incluído no Registro Nacional de Medicamentos Excepcionais (Rename), do Ministério da Saúde, em geral o MP faz uma requisição e determina que as instâncias de saúde locais adquiram a droga. Entretanto, por ser um remédio de descoberta e distribuição relativamente recentes, o Herceptin não constava na relação.

O Ministério Público, então, orientou a paciente a procurar a Defensoria Pública do Distrito Federal e mover uma ação contra o governo, na tentativa de obter o direito ao tratamento. Segundo informações da Secretaria de Saúde, no último dia 19, uma determinação de compra chegou ao Comitê de Medicamentos do órgão, que a encaminhará, nos próximos dias, para o Hospital de Base. Ainda de acordo com a Secretaria, a Oncologia do HBDF telefonará para a vendedora assim que o medicamento estiver disponível, para que ela tome a primeira dose.

Novos casos
O Distrito Federal está em oitavo lugar no ranking nacional de estimativa de novos casos da doença para 2008. No ano que vem, 5.620 moradores do DF vão adquirir algum tipo de câncer. A previsão nacional é de 466 mil casos novos em todo o País.

As mulheres adoecem mais do que os homens, principalmente em razão do câncer de mama. A taxa de novos casos prevista para mulheres no ano que vem é de 227,84 para cada 100 mil habitantes do Distrito Federal, contra índice de 224,71 doentes para 100 mil homens. Pessoas do sexo masculino são atingidas principalmente pelo câncer de próstata. Os números são do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O médico Celso Rodrigues, do Núcleo de Prevenção da Coordenadoria de Câncer da Secretaria de Saúde, explica que diversos cuidados podem ajudar a prevenir a doença. Evitar ingestão de álcool, alimentação gordurosa, fumo e exposição excessiva ao sol estão entre eles. Ele explica, ainda, que 30% dos fumantes vão desenvolver algum tipo de câncer no futuro – de boca, língua, laringe ou pulmão – e que 95% dos casos de câncer de pulmão estão ligados ao fumo.

 
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EUA: Risco de cancro mama em mulheres negras é subestimado

O risco de cancro da mama nas mulheres negras com mais de 45 anos nos Estados Unidos foi, até agora, largamente subestimado, revela um novo utensílio de avaliação de riscos. Este novo sistema de avaliação foi publicado num estudo na última edição on-line do jornal do Instituto Nacional do Cancro. Um novo modelo estatístico mostra que o risco de cancro da mama nas mulheres afro-americanas é duas vezes superior ao avaliado até agora.
O «Breast Cancer Risk Assessment Tool», ou «modelo de Gail», era há muito tempo utilizado para avaliar os riscos de cancro da mama nas mulheres negras e determinar quais eram elegíveis para participar em ensaios clínicos para novos tratamentos anti-cancerígenos e beneficiar também de tratamentos preventivos. No entanto, este modelo era baseado em estatísticas de cancro da mama em mulheres brancas.
O novo instrumento de avaliação dos riscos, o CARE, foi elaborado a partir de dados provenientes tanto de mulheres negras que não tiveram cancro da mama, como de mulheres que foram afectadas pela doença. Mitchell Gail, do Instituto nacional americano do cancro, autor do antigo modelo e que também dirigiu a equipa que concebeu o novo, testou-o de seguida a partir de dados provenientes de dois grandes ensaios clínicos com Tamoxifen e Raloxifen, dois tratamentos anti-cancerígenos.
Segundo o novo utensílio estatístico, 30 por cento das afro-americanas com idades iguais ou superiores a 45 anos têm um risco de pelo menos 1,66 por cento de desenvolver um cancro da mama num período de cinco anos.
Diário Digital / Lusa
29-11-2007 7:05:00